criar:

"fazer o novo é sempre um acto que tranborda"

entre

| instalação |
2006
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
[Edifício dos Leões]

Encontramos a história num lugar limite. Um rosto estremece em pânico. Suspenso num tempo cortado. Porque entrámos. Porque podemos, agora, entrar. O lugar-limite é um rosto suspenso num tempo entre tempos. Um rosto é um lugar, paisagem de afectos, turbilhão, arrombamento. Um rosto abre um lugar. Um rosto suspenso numa linha cortada no ponto limite é uma onda retida no instante antes de rebentar. É trágico. Este lugar que percorremos, rasgado, fendido, arrastado pelas margens-luz, contém em si, entre si, a intensidade do imediatamente-antes-limite, abismo de todas as possibilidades. O corte na história é lugar da nossa chegada. Precipita a nossa passagem para o lado de dentro. A passagem está entre-aberta. A luz irrompe e transborda.
 

Entremos.








"[…] matter triggers “vibrations and oscillations” at the lower extremities of the cords, through the intermediary of “some little openings” […] Matter thus offer an infinite porous, spongy or cavernous texture without emptiness, caverns endlessly contained in other caverns: no matter how small, each body contains a world pierced with irregular passages, surrounded and penetrated by an increasingly vaporous fluid, the totality of the universe resembling a “pound of matter in which there exists different flows and waves”."
DELEUZE, Gilles - The pleats of Matter in The Fold. London, New York: Continuum, 2006. pp.3-5.

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